Agência ambiental dos EUA diz não ser preciso limite a mercúrio de termelétricas a carvão
Por Humeyra Pamuk
WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos, sob administração do presidente Donald Trump, disse nesta sexta-feira não ser necessário impor limites para a emissão de mercúrio por termelétricas a carvão, pois o custo da medida seria maior do que seus benefícios, numa atitude que provocou reação de ambientalistas, que alegam que isso beneficia a indústria de carvão em detrimento da saúde pública.
De acordo com uma lei sobre padrões para o mercúrio e gases tóxicos aprovada no governo de Barack Obama, termelétricas a carvão são obrigadas a instalar equipamentos caros para reduzirem a emissão de mercúrio, metal pesado capaz de prejudicar a saúde de mulheres grávidas e colocar em risco o desenvolvimento de bebês e crianças.
Desde agosto, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA tem reconsiderado as justificativas para a norma. Uma coalizão de termelétricas tem defendido um alívio das regras, alegando que o setor já investiu em tecnologia para cortar emissões de mercúrio.
Um estudo publicado neste mês pela Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard afirma que termelétricas a carvão são a principal fonte de mercúrio nos EUA, sendo responsáveis por quase metade das emissões do metal em 2015.
A pesquisa alega que os padrões impostos recentemente foram bem-sucedidos em reduzir a presença do metal pesado no meio ambiente, melhorando os indicadores de saúde pública.
Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira, em meio a uma paralisação parcial do governo dos EUA, a agência ambiental norte-americana disse que os padrões de emissão previstos na lei continuam a vigorar. O órgão, porém, propôs a retirada da justificativa para a imposição de limites, após reexaminar sua análise de custos.
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