EUA querem explicação da Rússia sobre prisão de ex-fuzileiro por acusação de espionagem
Por Mary Milliken e Gabrielle Tétrault-Farber
BRASÍLIA/MOSCOU (Reuters) - Os Estados Unidos querem explicação sobre o motivo de a Rússia ter detido um fuzileiro reformado sob acusação de espionagem e vão exigir seu retorno imediato se for determinado que a prisão é inapropriada, disse o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, nesta quarta-feira.
O embaixador dos EUA na Rússia, Jon Huntsman, visitou Paul Whelan em um centro de detenção em Moscou e falou por telefone com sua família, informou o Departamento de Estado. Os Estados Unidos expressaram preocupação por meio de canais diplomáticos sobre o atraso no acesso a Whelan, que foi detido na sexta-feira, disse um porta-voz do departamento em um comunicado.
"Deixamos clara aos russos nossa expectativa de saber mais a respeito das acusações, de entender do que ele é acusado, e se a detenção não for adequada exigiremos sua volta imediata", disse Pompeo em Brasília, onde acompanhou a posse do presidente Jair Bolsonaro na terça-feira.
Em Moscou, a agência de notícias RIA citou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores segundo o qual a Rússia permitiu o acesso consular a Whelan. O serviço de segurança estatal russo FSB o deteve na sexta-feira e iniciou um processo criminal contra ele.
Whelan visitava a capital russa para comparecer ao casamento de um ex-colega dos fuzileiros navais e é inocente das acusações de espionagem que lhe imputam, disse sua família na terça-feira.
Ele estava hospedado com os convidados do casamento no hotel moscovita Metropol quando desapareceu, disse seu irmão, David.
"Sua inocência é inquestionável, e confiamos que seus direitos serão respeitados", disse a família de Whelan em um comunicado publicado no Twitter na terça-feira.
O FSB informou que Whelan foi detido na sexta-feira, mas não deu detalhes sobre suas supostas atividades de espionagem. Pela lei russa, violações desta natureza podem implicar uma pena de prisão que varia de 10 a 20 anos.
David Whelan disse à CNN que seu irmão, que serviu no Iraque, foi à Rússia muitas vezes para viagens de trabalho e pessoais, e que atuava como guia de viagem de alguns dos convidados do casamento. Seus amigos preencheram um formulário para comunicar seu desaparecimento em Moscou depois que ele sumiu, segundo seu irmão.
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