Mulheres visitam templo hindu apesar de veto centenário e causam protestos na Índia
Por Jose Devasia e Neha Dasgupta
KOCHI/NOVA DÉLHI (Reuters) - Duas mulheres desafiaram uma proibição secular à entrada em um templo hindu no Estado indiano de Kerala nesta quarta-feira, levando grupos conservadores hindus a protestarem contra visita e conclamarem por uma greve.
A polícia disparou gás lacrimogêneo e usou canhões de água para dispersar uma grande multidão de manifestantes na capital estadual Thiruvananthapuram, mostraram canais de notícia de televisão.
Houve protestos em várias outras cidades do Estado, noticiou a mídia.
A Suprema Corte da Índia ordenou em setembro que as autoridades suspendessem a proibição à entrada de mulheres e meninas em idade menstrual no templo de Sabarimala, que atrai milhões de fiéis a cada ano.
Mas o templo se recusou a cumprir a ordem, e tentativas subsequentes de mulheres para visitá-lo foram impedidas por milhares de devotos que apoiam o veto.
O governo estadual de Kerala é controlado por partidos de esquerda e vem tentando permitir o ingresso de mulheres no templo – uma posição que atraiu críticas das duas principais siglas do país, incluindo o Partido Bharatiya Janata hindu nacionalista do primeiro-ministro, Narendra Modi.
O tumulto colocou o tema religião, que pode ser altamente controverso na Índia, no centro da pauta política meses antes de uma eleição geral marcada para maio.
As mulheres que entraram nas dependências do templo tinham cerca de 40 anos, de acordo com a ANI, parceira da Reuters. A proibição contempla todas as mulheres e meninas entre 10 e 50 anos.
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