Bolsonaro cogita reforma da Previdência com idade mínima de 62 anos para homens e 57 para mulheres
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira em entrevista ao SBT que cogita uma proposta de reforma da Previdência com idade mínima de 62 anos para homens e 57 para mulheres, de maneira gradativa.
Bolsonaro disse ainda que pretende aproveitar a reforma da Previdência que já está na Câmara dos Deputados e que não quer fazer maldade com o povo, acrescentando que a idade mínima de 65 anos é um pouco pesada para algumas profissões.
"O que nós queremos é aproveitar a reforma que já está na Câmara, que começou com o senhor Michel Temer. Nós vamos rever alguma coisa, porque a boa reforma é aquela que passa na Câmara e no Senado, e não aquela que está na minha cabeça ou na da equipe econômica", disse Bolsonaro.
"Seria aumentar para 62 (idade mínima) para homens e 57 para as mulheres, mas não de uma vez só. Um ano a partir da promulgação e um ano a partir de 2022. O futuro presidente reavaliaria essa situação."
Bolsonaro também descartou a volta de um tributo nos moldes da CPMF e disse que a proposta discutida no governo é de unificação e simplificação de tributos. O presidente também disse que a implementação de um imposto único é algo para o longo prazo.
Na entrevista, o presidente, que tomou posse na terça-feira, afirmou que seu governo deverá aprofundar a reforma trabalhista aprovada pelo Congresso durante o governo Temer.
"O Brasil é o país dos direitos em excesso e agora falta emprego", avaliou. "A ideia é aprofundar mais ainda a reforma na legislação trabalhista, sem tirar direito de ninguém."
Bolsonaro também afirmou que está em estudo uma forma de acabar com a Justiça do Trabalho, que pode ser levada adiante caso haja clima, segundo o presidente.
"Isso daí a gente poderia até fazer, e está sendo estudado. Em havendo clima, nós podemos discutir essa proposta e mandar para frente", disse.
ARMAS DE FOGO
O presidente também disse ao SBT que deverá editar ainda neste mês um decreto para facilitar a posse de arma de fogo, ao deixar mais claro o que é a 'efetiva necessidade' de ter a arma prevista em lei.
"Conversando com Sérgio Moro (ministro da Justiça), e ele deu a ideia de um novo decreto, nós estamos definindo o que é 'efetiva necessidade'. Temos algumas ideias que estão no papel e que saem em janeiro agora com toda a certeza", disse.
Bolsonaro também disse que pretende abrir o mercado brasileiro para fabricantes de armas estrangeiras e que o Brasil nunca teve um regime socialista graças às Forças Armadas.
(Por Eduardo Simões)
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