Fugitivos italianos não deveriam "beber champanhe" na França, diz Salvini
ROMA (Reuters) - O ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, pediu ao presidente francês, Emmanuel Macron, que extradite os guerrilheiros de esquerda que se refugiam na França há décadas para escapar da prisão perpétua na Itália.
“Faço um apelo ao presidente francês para que devolva à Itália os fugitivos que não deveriam estar bebendo champanhe sob a torre Eiffel, mas sim apodrecendo na cadeia na Itália”, disse Salvini em entrevista à emissora de TV Canale 5.
As declarações de Salvini, líder do partido de extrema-direita Liga Norte, foram feitas um dia depois do retorno do militante comunista Cesare Battisti da Bolívia para a Itália, onde ele deve cumprir a pena de prisão perpétua por seu envolvimento em quatro assassinatos nos anos 1970.
Battisti, que fugiu da prisão em 1981, passou mais de 15 anos na França, antes de seguir para a América do Sul.
Existem hoje nove fugitivos de esquerda italianos vivendo na França, de acordo com o jornal romano La Repubblica, três deles condenados por sua participação no sequestro do ex-primeiro-ministro italiano Aldo Moro.
O gabinete de Macron não comentou as declarações, mas um porta-voz do Ministério da Justiça francês disse não haver uma lista detalhada de fugitivos italianos hoje vivendo na França.
“Pedidos de extradição recebidos das autoridades italianas nos próximos dias serão analisados em detalhe, caso a caso, e essa tem sido a prática pelos últimos 15 anos ou mais”, disse o porta-voz.
(Reportagem de Steve Scherer; reportagem adicional de Jean-Baptiste Vey e Michel Rose, em Paris)
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