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Número de latinos-americanos em extrema pobreza é o maior desde 2008, diz Cepal

15/01/2019 20h52

Por Marion Giraldo

(Reuters) - O número de pessoas vivendo em extrema pobreza na América Latina subiu em 2017 ao maior nível em quase uma década, apesar de uma melhoria nas políticas de gastos sociais dos governos, disse uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) disse que a proporção de pessoas em extrema pobreza, caracterizada pela falta de acesso a necessidades básicas, como alimentos e abrigo, aumentou para 10,2 por cento da população em 2017, ou 62 milhões pessoas, ante 9,9 por cento em 2016.

A cifra é a mais alta desde 2008 e se deve em grande parte à deterioração econômica no Brasil, que só começou a se recuperar no ano de sua pior recessão em décadas.

As condições pioraram no Brasil, com a pobreza extrema subindo para 5,5 por cento da população em 2017, ante 5,1 por cento no ano anterior, disse a Cepal.

"Tivemos anos de crescimento econômico muito baixo e o impacto foi principalmente no desemprego", disse Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal, à Reuters em Santiago, Chile.

A pobreza em uma base mais generalizada diminuiu no Chile, El Salvador e República Dominicana de 2012 a 2017, em grande parte devido a um aumento na renda do trabalhador.

(Por Marion Giraldo)