Para fomentar turismo, Brasil quer acabar com visto para cidadãos dos EUA, diz ministro

O Brasil planeja acabar com a necessidade de visto de visita para cidadãos dos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira (16) à Reuters o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, numa tentativa do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de reavivar o setor turístico e aproximar o país dos EUA.
A medida integra o plano do Ministério das Relações Exteriores para os primeiros cem dias de governo Bolsonaro, disse Antônio em entrevista à Reuters.
"Nossa intenção é realmente acabar com os pedidos de visto para norte-americanos", afirmou.
Eleito sobre uma plataforma populista de direita, Bolsonaro é admirador declarado do presidente norte-americano, Donald Trump, e busca realinhar os interesses do Brasil com os EUA, diferentemente dos governos do PT, que nos 13 anos em que comandaram o país favoreceram as relações com outras economias em desenvolvimento.
"A esquerda tratou os Estados Unidos como adversário, o novo governo não", disse Antônio. "O presidente Bolsonaro quer abraçar os Estados Unidos como um parceiro do Brasil."
Apesar de ser a maior economia da América Latina, há muito o Brasil apresenta baixos indicadores de turismo. O país recebe atualmente 6,6 milhões de turistas estrangeiros por ano, cerca de metade dos visitantes de Nova York, nos EUA.
O Brasil buscará também acabar com a exigência de vistos para canadenses, japoneses e australianos, mas o cronograma depende do Ministério das Relações Exteriores, disse Antônio.
Uma porta-voz do Itamaraty não quis comentar as afirmações do ministro.
Hoje, os cidadãos dos EUA pagam US$ 44 para um visto com validade de dois anos, ou US$ 160 para um visto de 10 anos.
Antônio disse que a burocracia aumentou para os cidadãos dos EUA que queriam visitar o Brasil durante os governos do PT, que pregava dar o mesmo tratamento rígido aos norte-americanos que o recebido por brasileiros que queriam ir aos EUA.
Entre outros planos para reestruturar a política de turismo brasileira está a duplicação do gasto com propagandas no exterior, para mais de US$ 34 milhões até 2023, disse Antônio.
Ele acrescentou que está mantida uma meta anterior de duplicar para 12 milhões o número de visitantes anuais até 2022.
O governo também busca converter o Conselho Nacional de Turismo em uma agência, de modo que possa firmar parcerias com empresas privadas, tais como companhias aéreas, o que hoje não é permitido, disse o ministro.
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