Após ataque a academia de polícia, Colômbia pede a Cuba que prenda 10 membros do ELN

A Colômbia pediu a Cuba na sexta-feira (18) que prenda dez guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) que se encontram em Havana e restabeleceu as ordens de prisão contra eles após responsabilizar o grupo pelo ataque com um carro bomba contra uma academia de polícia, no qual 21 pessoas morreram e outras 68 ficaram feridas.
A decisão do presidente Iván Duque pode resultar num agravamento do conflito armado interno, com uma intensificação da ofensiva militar contra o ELN e de ataques contra as Forças Armadas e a infraestrutura do país, incluindo centros urbanos, segundo analistas.
"Ordenei a retirada da suspensão das ordens de prisão dos dez membros da ELN que integravam a delegação deste grupo em Cuba e revoguei a resolução que criava as condições que permitiam a sua permanência naquele país", disse Duque em um pronunciamento no rádio e na TV.
"Isto significa o fim imediato de todos os benefícios que lhes foram concedidos no passado pelo Estado e a ativação das circulares vermelhas da Interpol", afirmou ele, pedindo a Cuba que "torne efetivas as prisões dos terroristas que se encontram em seu território e os entregue às autoridades policiais colombianas".
Cuba foi durante meses sede das negociações de paz entre o governo do ex-presidente Juan Manuel Santos e a ELN, razão pela qual diversos negociadores do grupo rebelde permaneceram no país caribenho à espera de uma retomada das conversas.
O ataque de quinta-feira, o pior do tipo na Colômbia nos últimos 15 anos, foi atribuído pelo governo à ELN, grupo que possui cerca de 2.000 combatentes e é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e a União Europeia.
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