Trump deve sancionar acordo de financiamento bipartidário, diz fonte
WASHINGTON (Reuters) - O Congresso dos Estados Unidos nesta quarta-feira tem um prazo apertado para aprovar um acordo bipartidário para evitar outra paralisação parcial do governo norte-americano, em meio à informação de que o presidente Donald Trump planeja sancionar o acordo, enquanto procura outras maneiras de financiar o muro na fronteira do país sem precisar dos parlamentares.
Uma fonte com conhecimento do assunto disse à Reuters que Trump deve sancionar o acordo, acrescentando que o presidente ainda pode mudar de opinião.
Mais cedo, CNN, Washington Post e Wall Street Journal também noticiaram que Trump planeja transformar o acordo em lei, citando duas fontes que conversaram com o presidente.
Na terça-feira, no entanto, Trump não descartou a possibilidade de vetar a lei e disse que não estava feliz com o acordo, que nega os recursos para a construção de seu muro na fronteira dos EUA com o México. Ele acrescentou que não espera outra paralisação.
A Câmara dos Deputados, controlada pelos democratas, pode votar ainda nesta quarta-feira, disse um assessor, apesar de ainda não ter produzido uma cópia escrita do acordo alcançado pelos negociadores do Congresso na noite de segunda-feira.
O acordo também deve ser aprovado pelo Senado controlado pelos republicanos e sancionado por Trump até a meia-noite de sexta-feira, data de término da medida paliativa que encerrou a mais longa paralisação federal na história dos EUA.
O destino da medida na Câmara ainda está longe de ser certo, dado o risco de conservadores e liberais se oporem ao acordo por diferentes razões.
Fontes do Congresso disseram que o acordo inclui 1,37 bilhão de dólares para novas cercas fronteiriças, mais ou menos o mesmo que no ano passado --ao longo de 90 quilômetros da fronteira--, mas não os 5,7 bilhões de dólares que Trump exigiu para ajudar a construir o prometido muro na fronteira.
Importantes republicanos do Congresso, mostrando pouco apetite por mais uma paralisação após serem duramente criticados pela anterior, pediram a Trump que apoiasse o acordo.
O Washington Post, citando uma autoridade da Casa Branca, disse que Trump deve explorar seu poder executivo para realocar outros fundos federais para projetos na fronteira.
A CNN, citando a Casa Branca, também disse que Trump estava avaliando o uso de um decreto, entre outras opções.
O presidente anteriormente ameaçou declarar "emergência nacional" caso o Congresso não liberasse dinheiro especificamente para a construção do muro, uma ação sob a qual ele poderia redirecionar outros fundos já autorizados pelo Congresso para pagar pela construção de muros.
Colegas republicanos disseram a Trump que tal passo quase certamente atrairia oposição, tanto no Congresso quanto nos tribunais.
Trump fez do muro uma promessa central de campanha em 2016, chamando a medida de necessária para combater a imigração ilegal e o tráfico de drogas. Ele disse que o México pagaria por isso, mas as autoridades mexicanas rejeitaram a possibilidade. Os democratas classificaram um muro como caro, ineficaz e imoral.
(Reportagem de Susan Heavey e Lisa Lambert)
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