Líder de protesto dos enfermeiros portugueses entra em greve de fome
LISBOA (Reuters) - O líder de um dos principais sindicatos de enfermeiros de Portugal iniciou uma greve de fome nesta quarta-feira, após os promotores declararem como ilegal uma paralisação de três semanas dos enfermeiros cirúrgicos e ameaçarem impor penalidades aos que ainda participam.
Exigindo melhores salários e condições de trabalho, os enfermeiros dos hospitais em todo o país entraram em greve em 31 de janeiro, forçando o adiamento de quase 2.700 cirurgias agendadas, segundo dados do governo.
A ação trabalhista, organizada pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros (Sindepor) e a Associação Portuguesa de Enfermeiros (APE), deve ocorrer até 28 de fevereiro, mas a promotoria geral declarou, na terça-feira, que a greve "é ilegal", confirmando a posição do governo sobre o assunto.
Um dos sindicatos, a APE, desistiu da greve na terça-feira, mas a Sindepor manteve as reivindicações, e seu presidente, Carlos Ramalho, decidiu ampliar a visibilidade do protesto, fazendo greve de fome.
"Ele quer conscientizar todos os cidadãos portugueses sobre o que o governo está fazendo com os trabalhadores", disse Gorete Pimentel, porta-voz da Sindepor, argumentando que a greve é um direito fundamental dos trabalhadores e deve ser protegido.
O sindicato disse que Ramalho continuará a greve de fome do lado de fora do palácio presidencial em Lisboa, até que o governo concorde em negociar as demandas sindicais.
"Eu sei que essa ação é extrema, mas é também uma reação a um ataque extremo do governo", disse Ramalho aos jornalistas antes de iniciar a greve de fome.
(Reportagem de Catarina Demony)
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