Trump enfrenta mais turbulência política na volta de cúpula com Kim

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, embarcou para sua viagem ao Vietnã com uma nuvem política pairando sobre sua cabeça e determinado a mostrar um avanço em uma questão de política externa espinhosa que desnorteou muitos de seus antecessores.
Agora, mal chegou de uma cúpula fracassada com a Coreia do Norte em Hanói e a nuvem já está mais escura.
Enquanto a muito alardeada reunião de Trump com o norte-coreano Kim Jong Un terminou em discórdia sobre as sanções ligadas ao programa de armas nucleares de Pyongyang, um depoimento de seu ex-advogado Michael Cohen, que o acusa de violar a lei no cargo, representou um desdobramento potencialmente prejudicial para o presidente em casa.
Trump também enfrenta desafios em outras frentes: conversas delicadas com a China sobre um acordo comercial, uma crise persistente na Venezuela, tensões entre a Índia e o Paquistão e uma tentativa de frear no Congresso sua declaração de emergência visando conseguir financiamento para um muro na fronteira com o México.
O procurador especial Robert Mueller também pode finalizar seu inquérito sobre a interferência da Rússia na eleição presidencial de 2016 em questão de dias, fazendo com que a especulação sobre o papel de Trump e sua campanha continuem rendendo manchetes.
Antes de partir para o Vietnã, Trump se queixou em particular do fato de os democratas levarem adiante o depoimento de Cohen, violando uma regra não escrita contra ataques ao presidente quando este se encontra no exterior. Ele também gostaria que o relatório Mueller fosse finalizado.
"Ele estava muito insatisfeito por eles estarem realizando as audiências enquanto ele estava no exterior", disse uma pessoa que estava presente e pediu para não ser identificada. "Ele também estava muito insatisfeito de a investigação Mueller não ter sido concluída antes de ele partir. Ele sentia uma nuvem pairando sobre sua cabeça."
Já na cúpula, Trump abreviou as conversas sobre a desnuclearização da Coreia do Norte e os dois lados deram relatos conflitantes sobre o que aconteceu, provocando dúvidas sobre o futuro de uma das principais iniciativas de Trump.
A Casa Branca havia incluído uma cerimônia de assinatura de um acordo na agenda pública de Trump em Hanói - que cancelou abruptamente.
A conclusão do círculo íntimo de Trump é que ele terminou a semana bem, sentindo que não há grandes novidades no depoimento de Cohen e que o presidente ganhou crédito por evitar um acordo potencialmente ruim com os norte-coreanos.
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