EUA retiram privilégio comercial à Índia; Nova Délhi minimiza
Por Eric Beech e Neha Dasgupta
WASHINGTON/NOVA DÉLHI (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parecia prestes a abrir uma nova trincheira em suas guerras comerciais na segunda-feira com um plano para encerrar um tratamento comercial preferencial à Índia que permite a entrada de até 5,6 bilhões de dólares de exportações sem taxas para os EUA.
Nova Délhi minimizou o impacto, dizendo que está evitando tarifas retaliatórias em suas conversas com os EUA, mas a oposição pode aproveitar a situação para constranger o primeiro-ministro, Narendra Modi, antes das eleições gerais deste ano.
Trump, que prometeu cortar os déficits comerciais dos EUA, já se queixou diversas vezes à Índia de suas tarifas altas, e autoridades comerciais norte-americanas disseram que descartar as concessões levará ao menos 60 dias depois da emissão de notificações ao Congresso e ao governo indiano.
"Estou dando este passo porque, depois de um engajamento intensivo entre os Estados Unidos e o governo da Índia, avaliei que a Índia não garantiu aos Estados Unidos que providenciará um acesso igualitário e justo aos mercados da Índia", disse Trump a líderes congressistas em uma carta.
A Índia é a maior beneficiária global do Sistema Geral de Preferências (GSP, na sigla em inglês), que data dos anos 1970, e o fim de sua participação seria a ação punitiva mais forte a que é sujeita desde que Trump tomou posse.
"As discussões com os Estados Unidos estão ocorrendo e, com fortes e cordiais laços, (estamos) mantendo as tarifas retaliatórias fora da questão", afirmou o secretário de Comércio Anup Wadhawan, em Nova Délhi.
(Reportagem adicional de Manoj Kumar, Krishna N.Das e Aditya Kalra em Nova Délhi)
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