Quase 250 mil venezuelanos pediram asilo em 2018, diz Acnur
GENEBRA (Reuters) - Cada vez mais venezuelanos estão pedindo asilo no exterior, e quase 250 mil cidadãos do país o fizeram só em 2018, o dobro do ano anterior, informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) nesta sexta-feira.
Ao todo, 414.570 pedidos de asilo foram apresentados por venezuelanos no exterior desde 2014, segundo o Acnur. Quase 60 por cento, ou 248.669, foram feitos em 2018, enquanto em 2017 foram 110.825.
"Em resultado da situação na Venezuela, o número de pedidos de asilo de cidadãos venezuelanos em todo o mundo aumentou exponencialmente", disse o Acnur em um comunicado com estatísticas nacionais.
A economia da Venezuela vem sendo prejudicada pela má administração e, desde 2014, pela queda no preço do petróleo, seu principal item de exportação. A inflação está em mais de 2 milhões por cento ao ano em um país no qual o salário mínimo é de cerca de 6 dólares por mês.
Nesta sexta-feira a Venezuela fechou escolas e suspendeu o horário comercial porque o pior blecaute em décadas paralisou a maior parte da nação pelo segundo dia, provocando revolta nos cidadãos.
A crise de falta de alimentos e remédios piorou desde que o presidente Nicolás Maduro foi reeleito em 2018 em uma eleição vista amplamente como fraudulenta. O líder opositor Juan Guaidó foi declarado presidente interino pela Assembleia Nacional em meio a grandes protestos.
Dois terços dos pedidos de postulantes a asilo venezuelanos foram registrados na América Latina, e o restante na América do Norte e em alguns países europeus, informou o Acnur.
As cinco nações que mais receberam pedidos entre 2014 e 2018 foram Peru (167.238), Brasil (83.893), Estados Unidos (72.722), Espanha (29.603) e Equador (13.535).
(Por Stephanie Nebehay)
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))
REUTERS PF
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.