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Campanha de reeleição de Trump deve começar por Pensilvânia, Wisconsin e Michigan

13/03/2019 10h17

Por Steve Holland

WASHINGTON (Reuters) - A campanha de reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se concentrará primeiramente na Pensilvânia, no Michigan e no Wisconsin, Estados que foram fundamentais para sua vitória improvável em 2016, mas onde seu apoio diminuiu, disseram dois assessores de campanha.

A decisão de acelerar a organização da campanha e eventualmente levar o presidente republicano em visita aos três Estados é uma admissão de que a jornada de Trump rumo à reeleição em 2020 precisará repetir alguns dos sucessos de 2016.

Os assessores também veem a necessidade de fortalecer o apoio a Trump na Flórida, território decisivo que ele considera seu segundo lar, mas onde pesquisas de opinião o mostram em dificuldades.

Eles ainda enxergam uma oportunidade de avanços em Minnesota e no Colorado, dois Estados que Trump perdeu por pouco. A equipe de Trump vê estes Estados como locais competitivos onde ele pode tomar a ofensiva, de acordo com os assessores, que pediram para não ser identificados para poderem falar livremente sobre a estratégia de campanha.

Faltando 20 meses para a eleição presidencial de novembro de 2020, Trump e sua equipe de campanha ainda estão se preparando para o que se imagina que será uma batalha dura por um segundo mandato de quatro anos.

Os democratas assumiram o controle da Câmara dos Deputados nas eleições parlamentares de novembro, vistas por muitos como um referendo sobre os dois primeiros anos de Trump no cargo, enquanto os republicanos se fortaleceram no comando do Senado.

Mais de uma dúzia de democratas já se prontificaram a desafiar Trump, e alguns republicanos também cogitam concorrer contra ele.

Chris Jackson, um pesquisador da Ipsos, que realiza pesquisas de opinião com a Reuters, disse que Trump, porém, parece bem posicionado para a reeleição no momento, dado que seu índice de aprovação oscila entre 40 e 45 por cento.

"Presidentes com um índice de aprovação acima de 40 por cento geralmente têm chances maiores do que 50 por cento de conquistarem uma reeleição", afirmou. "Ele não é um azarão, se você olhar o quadro como um todo".

O apoio dos eleitores republicanos a Trump também continua forte.

Sua vitória de quase três anos atrás incluiu triunfos inesperados na Pensilvânia, no Michigan e no Wisconsin, que votaram em democratas em eleições presidenciais recentes.

Indagada sobre a estratégia de campanha, uma autoridade graduada da campanha de Trump disse que o foco inicial nos três Estados não tem nada a ver com pesquisas.

"Trata-se de assegurar a vitória em Estados onde a margem de vitória foi apertada em 2016", disse.