Topo

Estudantes fazem greve global contra mudança climática

15/03/2019 12h09

Por Charlotte Greenfield e Tom Westbrook

SYDNEY/LONDRES (Reuters) - Milhares de estudantes de vários países abandonaram as aulas, nesta sexta-feira, para participar de uma greve global contra a falta de ação dos governos diante da mudança climática.

"A mudança climática é pior que Voldemort", dizia um cartaz feito à mão de um estudante de Wellington, na Nova Zelândia, referindo-se ao bruxo maligno dos livros e filmes imensamente populares da franquia "Harry Potter".

"Os oceanos estão se elevando, nós também", dizia outro em Sydney.

Protestos estudantis em capitais e cidades de Wellington a Melbourne e Sydney atraíam dezenas de milhares de pessoas. Na Europa, estudantes lotaram ruas e praças em Londres, Copenhague, Roma, Viena, Zurique e Lisboa.

Também houve protestos no Rio de Janeiro e em São Paulo, e há manifestações previstas ainda para diversas cidades dos Estados Unidos.

O movimento grevista estudantil mundial começou em agosto de 2018, quando a ativista climática sueca Greta Thunberg, de 16 anos, começou a protestar diante de seu Parlamento em dias de aula -- desde então ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz.

"Se não fizermos algo, são nossas vidas que serão afetadas, não as de políticos de 60 anos", disse Callum Frith, estudante de 15 anos de Sydney que protestava de uniforme. "Precisamos de ação".

Em Bangcoc, a capital tailandesa, cerca de 60 alunos protestaram diante da sede do governo erguendo cartazes de papelão em uma campanha contra o plástico. A Tailândia é um dos países que mais poluem os mares com esse material.

"Como jovens que herdarão a terra, nós nos reunimos aqui para exigir que o governo trabalhe conosco para resolver estes problemas", disse Thiti Usanakul, de 17 anos, do grupo Grin Green International, liderado por estudantes.