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Ex-vice-presidente dos EUA Biden nega conduta inapropriada em suposto beijo

31/03/2019 16h45

Por Humeyra Pamuk

WASHINGTON (Reuters) - O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden afirmou neste domingo que acredita que nunca agiu inadequadamente, após alegações de uma ativista de que ele a fez se sentir desconfortável ao beijá-la em um evento de campanha em 2014. 

“Em meus muitos anos de campanha e de vida pública ofereci incontáveis apertos de mão, abraços, expressões de afeto, apoio e conforto. Em nenhuma vez - nenhuma - eu acredito que agi inadequadamente. Se for sugerido que o fiz, ouvirei com respeito. Mas nunca foi minha intenção”, disse Biden. 

Biden afirmou que não se lembra do incidente de 2014. 

A alegação foi feita em um ensaio online publicado na sexta-feira por Lucy Flores, ativista do partido que estava concorrendo a vice-governadora de Nevada. Flores afirmou que Biden também tocou seus ombros e cheirou seu cabelo quando eles apareceram em um evento juntos, fazendo com que ela se sentisse desconfortável. 

Em seu comunicado, Biden acrescentou: “Eu posso não lembrar desses momentos da mesma maneira, e posso ficar surpreso com o que ouço. Mas chegamos a um momento importante no qual mulheres sentem que podem e devem relatar suas experiências, e homens têm que prestar atenção. E eu o farei”. 

Falando no programa “State of the Union”, da CNN, Flores disse que estava satisfeita que Biden estava disposto a ouvir, mas exigiu que o ex-vice-presidente também reconhecesse que seu comportamento foi errado. “Se ele está dizendo que nunca considerou que foi inadequado, então, francamente, acho que é um pouco de desconexão”, disse. 

“Eu quero que ele mude seu comportamento. Quero que ele reconheça que foi errado." 

Biden serviu oito anos como vice-presidente de Barack Obama e 36 anos no Senado dos Estados Unidos. Ele ainda não anunciou se disputará a eleição para presidente em 2020, mas a expectativa é que ele entre no ringue em breve.

As alegações podem levantar questões se o ex-vice-presidente ainda deve concorrer, embora alguns democratas tenham defendido Biden neste domingo.