Candidato a premiê britânico Hunt chama adversário Johnson de "covarde" por evitar debates
Por Guy Faulconbridge e Kate Holton
LONDRES (Reuters) - Jeremy Hunt, um dos candidatos na disputa para substituir a premiê britânica, Theresa May, disse nesta segunda-feira que o adversário Boris Johnson é um covarde por evitar debates diretos em público sobre a questão do Brexit.
"No que diz respeito a debates, ele está sendo um covarde", disse Hunt. "É covardia não aparecer em debates cara a cara."
Hunt, de 52 anos, afirmou que era desrespeitoso Johnson ter recusado a oportunidade de debater de forma direta com ele na emissora Sky, que cancelou o debate previsto.
"As pessoas precisam saber o que você vai fazer e você precisa responder a essas perguntas", disse Hunt. "Eu prometo a Boris Johnson a luta de sua vida e ele vai ter isso e vai perder."
Johnson, de 55 anos, é o favorito a conquistar os votos dos 160 mil integrantes do Partido Conservador que vão decidir quem será o próximo primeiro-ministro. Mercados de aposta registram que o candidato tem 79% de chances de ocupar o cargo, um índice mais baixo que os 92% da semana passada.
Ele se apresentou como o único candidato que pode entregar o Brexit em 31 de outubro --com ou sem acordo com a UE-- enquanto luta contra as ameaças eleitorais do Partido do Brexit, de Nigel Farage, e de Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista.
Na sexta-feira, a polícia foi chamada à casa de Johnson após vizinhos ouvirem uma discussão entre ele e a namorada. A polícia informou que não havia motivo para intervir.
Johnson se negou a comentar o caso, assim como o fez um porta-voz de May.
Hunt disse que a vida pessoal de Johnson era irrelevante, mas que os candidatos deveriam explicar suas posições sobre o Brexit -- e especificamente sobre o que um novo líder faria caso os parlamentares tentassem prejudicar um novo governo em direção a um Brexit sem acordo.
"Se o Parlamento tirar da mesa um cenário sem acordo antes de 31 de outubro, Boris vai convocar uma eleição geral?", indagou Hunt. "Acho que uma eleição geral seria catastrófica".
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