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PF cumpre 9 mandados de prisão e bloqueia R$ 92,5 mi em operação que envolve senador pelo AM

19/07/2019 12h29

A Polícia Federal no Amazonas lançou operação nesta sexta-feira para prender nove suspeitos de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito de uma investigação que envolve um atual senador que foi governador do Estado, informou a PF.

A chamada operação Vertex é uma nova fase da operação Maus Caminhos, que teve entre os alvos principais o empresário Murad Aziz, irmão do senador e ex-governador do Amazonas Omar Aziz (PSD), de acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.

A PF disse que um senador, que não foi identificado pela corporação, é suspeito de recebimento de vantagens indevidas.

"Entre as vantagens indevidas de que se tem suspeita, teria havido entregas de dinheiro em espécie ou por meio de negócios simulados ou superfaturados, a fim de ocultar a entrega de dinheiro dissimulado por meio de contratos de aluguel e de compra e venda", disse a PF em comunicado.

O gabinete de Omar Aziz no Senado não respondeu de imediato a um pedido de comentário da Reuters sobre a operação

Segundo a Polícia Federal, a investigação foi desmembrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao envolvimento de um senador, que poderia ter direito a foro privilegiado na corte.

No entanto, em razão de entendimento do Supremo de que foro por prerrogativa de função conferido a deputados federais e senadores se aplica apenas a crimes cometidos no exercício do cargo e em razão das funções a ele relacionadas, o ministro Dias Toffoli determinou a remessa da investigação à primeira instância, o que levou a retomada das investigações em janeiro de 2019.

A operação Maus Caminhos, deflagrada inicialmente em 2016, investiga desvios de recursos públicos por meio de contratos milionários fraudulentos firmados com o governo do Estado do Amazonas, em especial na área de saúde.

A ação desta sexta-feira visa o cumprimento de 9 mandados de prisão temporária, 15 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas (aproximadamente 92,5 milhões de reais) e 7 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis, de acordo com a PF.