Estudantes cobram comprometimento de líderes mundiais em novo dia de protesto pelo clima
Por Hans Lee e Patpicha Tanakasempipat
SYDNEY/BANGCOC (Reuters) - Milhares de estudantes estão tomando as ruas de cidades da Ásia e da Europa, nesta sexta-feira, em uma greve global que pede aos líderes mundiais reunidos na cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU) para adotarem medidas urgentes com intuito de prevenir catástrofes ambientais.
Os protestos tiveram início nas ilhas do Pacífico --algumas das nações mais ameaçadas pela elevação do nível do mar-- e na Austrália, onde publicações nas redes sociais mostravam grandes manifestações pelo país.
Inspirados pela ativista sueca de 16 anos Greta Thunberg, manifestantes de cerca de 150 países, incluindo o Brasil, devem cobrar dos governos que tomem medidas imediatas para limitar os efeitos das mudanças climáticas, acentuadas pelo homem.
A greve culminará em Nova York quando Thunberg, que foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz por seu ativismo ambiental, vai liderar um comício na sede das Nações Unidas.
Thunberg tuitou sobre a "grande multidão" em Sydney, dizendo que os australianos estabeleceriam o padrão para as manifestações ao redor da Ásia, da Europa e da África.
Sanielle Porepilliasana, estudante de Ensino Médio de Sydney, tinha uma mensagem clara e direta para políticos como o ministro das Finanças da Austrália, Mathias Cormann, que disse ao parlamento na quinta-feira que os estudantes deveriam ficar na sala de aula.
"Líderes mundiais de todos os lugares estão dizendo a nós que estudantes precisam estar na escola estudando", disse ela. "Eu gostaria de vê-los em seus Parlamentos fazendo seus trabalhos ao menos uma vez".
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