Governos da UE limitam vendas de armas à Turquia, mas evitam embargos
Por Robin Emmott
LUXEMBURGO (Reuters) - Os países da União Europeia concordaram nesta segunda-feira em limitar as exportações de armas para a Turquia por sua ofensiva no norte da Síria, mas evitaram o embargo contra a aliada da Otan.
A Itália, maior exportadora de armas para a Turquia no ano passado, disse que se juntaria à proibição de vender armas e munições para Ancara após uma decisão do fim de semana de França e Alemanha de suspender as vendas, e a Espanha sinalizou que estava pronta para fazer o mesmo.
Com uma série de outros países, incluindo Holanda, Finlândia e Suécia, interrompendo essas exportações, a posição coletiva da UE visa principalmente evitar um embargo legalmente vinculativo à Turquia, candidata de longa data a ingressar no bloco.
Um embargo completo teria colocado a Turquia no mesmo grupo de Venezuela e Rússia, países que a UE considera hostis e contra os quais existe uma proibição formal. Diplomatas disseram que os ministros não estavam prontos para um embargo, apesar da irritação do presidente Tayyip Erdogan.
"Não queremos apoiar esta guerra e não queremos disponibilizar armas", disse o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas.
Os ministros das Relações Exteriores também concordaram em estabelecer sanções econômicas a Ancara por causa da perfuração turca de petróleo e gás perto de Chipre, embora os nomes venham em estágio posterior.
O governo turco disse que "rejeitou e condenou totalmente" as decisões e os pedidos feitos pela UE sobre as duas questões.
"Vamos analisar seriamente nossa cooperação com a UE em certas áreas devido à sua atitude ilegal e tendenciosa", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Turquia.
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