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Dezenas de milhares de manifestantes fazem 3ª greve nacional na Colômbia

04/12/2019 20h28

Por Oliver Griffin

BOGOTÁ (Reuters) - Sindicatos e grupos de estudantes colombianos fizeram a terceira greve nacional nesta quarta-feira com passeatas, cânticos e dança, antes de um diálogo entre líderes do protesto e o governo sobre políticas sociais e econômicas do presidente Ivan Duque.

Foi o mais recente ato em duas semanas de protestos, que atraíram centenas de milhares de manifestantes e pressionaram a proposta de reforma tributária de Duque, que reduz os impostos sobre as empresas.

Duque anunciou um "grande diálogo nacional" sobre questões sociais, mas esforços do governo para parar as manifestações falharam. O Comitê Nacional de Greve, liderado por sindicato, manteve as demandas por conversas individuais e se recusou a cancelar protestos.

As manifestações, embora em grande parte pacíficas, resultaram em danos a dezenas de estações de transporte público e toque de recolher na cidade de Cali e na capital Bogotá.

Os manifestantes têm demandas abrangentes - incluindo que o governo faça mais para impedir o assassinato de ativistas de direitos humanos; apoie ex-rebeldes de esquerda que se desmobilizaram sob um acordo de paz; e elimine a polícia de choque acusada pelos manifestantes de usar força excessiva.

Cerca de 40 mil pessoas participaram do protesto desta quarta, disse o ministro do Interior em entrevista a jornalistas. Algumas estações de transporte público foram fechadas quando manifestantes bloquearam as vias. Cinco pessoas morreram em conexão com as manifestações que começaram em 21 de novembro e ocorreram em conjunto com protestos em outros países da América Latina.

O presidente da Central Unitária dos Trabalhadores pediu que os atos fossem pacíficos. Representantes do sindicato, o maior da Colômbia, e outros membros do comitê devem se reunir com representantes de Duque na quinta-feira.