Hong Kong autoriza grande marcha de manifestantes no domingo
Por Sarah Wu e Twinnie Siu
HONG KONG (Reuters) - Autoridades de Hong Kong concederam permissão para que manifestantes realizem uma marcha no fim de semana, disseram organizadores nesta quinta-feira, abrindo caminho para uma manifestação vista como um termômetro do apoio ao movimento pró-democracia depois de sua vitória arrasadora nas eleições locais.
A Frente Civil de Direitos Humanos, o grupo que organizou as marchas de milhões de pessoas na cidade sob controle chinês em junho, disse ter recebido permissão da polícia para a manifestação do Dia dos Direitos Humanos, planejada para domingo.
Durante os últimos seis meses de protestos anti-China cada vez mais violentos, as autoridades negaram pedidos do grupo para realizar atos. Alguma calma se instaurou desde as eleições distritais de 24 de novembro, quando candidatos pró-democracia conquistaram quase 90% das cadeiras.
Uma moção para afastar a executiva-chefe da cidade, Carrie Lam, que tem o apoio da China, não passou pelo Conselho Legislativo de Hong Kong nesta quinta-feira, tendo sido rejeitada por parlamentares pró-Pequim, noticiou a emissora local RTHK.
Votaram contra a moção de impeachment 36 parlamentares, e 26 foram a favor, disse a RTHK. Embora apóie Lam, o líder do maior partido pró-Pequim também criticou seu governo, dizendo que ele foi incapaz de evitar a "violência desencadeada por arruaceiros", segundo a emissora.
Separadamente, um manifestante que foi baleado pela polícia durante uma altercação ocorrida dois meses atrás compareceu a um tribunal pela primeira vez para enfrentar acusações de tumulto e de agressão contra um policial.
Tsang Chi-kin, que foi hospitalizado após ser ferido em outubro, deixou a corte de Hong Kong depois de cerca de uma hora, já que seu caso foi adiado para fevereiro.
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