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Falta de resultados na defesa da democracia fez Brasil suspender participação na Celac, diz Araújo

O Ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, durante Abertura Oficial do Fórum de Investimentos Brasil 2019 - Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O Ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, durante Abertura Oficial do Fórum de Investimentos Brasil 2019 Imagem: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo

16/01/2020 18h22

A falta de resultados na defesa da democracia fez com que o Brasil decidisse suspender sua participação na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), disse nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em sua conta no Twitter.

De acordo com o chanceler, também contribuiu para a decisão o que ele chamou de um "palco" que a entidade se tornou para governos autoritários.

"O Brasil decidiu suspender sua participação na Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). A Celac não vinha tendo resultados na defesa da democracia ou em qualquer área. Ao contrário, dava palco para regimes não-democráticos como os da Venezuela, Cuba, Nicarágua", escreveu o ministro na rede social.

"O Brasil reforça sua determinação de trabalhar com todas as democracias da região (seja bilateralmente, seja na OEA, no Prosul ou no Mercosul) por uma agenda de liberdade, prosperidade, segurança e integração aberta", acrescentou.

A Celac foi criada no final de 2011 para englobar todos os países das Américas, exceto Estados Unidos e Canadá, e, à época de sua formação, líderes de esquerda da região, como o então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, apontaram que a Organização dos Estados Americanos (OEA), outro órgão regional, visava satisfazer Washington.