Coreia do Sul relata 505 casos novos de coronavírus e adia exercício militar com EUA
Por Sangmi Cha e Josh Smith
SEUL (Reuters) - A Coreia do Sul registrou 505 infecções adicionais de coronavírus nesta quinta-feira, o maior aumento diário, enquanto os Estados Unidos emitiram um novo alerta desaconselhando viagens ao país asiático e os militares das duas nações adiaram um exercício conjunto.
Os casos novos elevam a 1.766 o total de infecções, disse o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KCDC). Tratou-se da maior elevação diária desde a primeira infecção confirmada, em 20 de janeiro. A Coreia do Sul também comunicou a 13ª morte.
Dos casos novos, 422 surgiram em Daegu, cidade do sudeste que abriga uma igreja que está no centro do surto sul-coreano, disse o KCDC em um comunicado.
O Departamento de Estado norte-americano elevou o nível de seu alerta de viagem, exortando os cidadãos a "repensarem viagens" à Coreia do Sul.
Na capital Seul, pessoas enfrentavam filas longas em algumas lojas para comprar máscaras, que estão escassas, apesar de a cidade só ter anunciado algumas dezenas de infecções.
A disparada de casos da última semana provocou críticas à maneira como o governo lida com a crise, particularmente a decisão de limitar a entrada de pessoas vindas da China, ao invés da adoção de uma proibição geral.
Os sentimentos se exaltaram a tal ponto que mais de um milhão de pessoas assinaram uma petição exigindo o impeachment do presidente Moon Jae-in.
Acredita-se que o vírus que pode causar pneumonia surgiu na cidade chinesa central de Wuhan no final do ano passado, já tendo matado mais de 2.700 pessoas e contaminado cerca de 80 mil, a grande maioria na China.
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