Tóquio vê maior aumento diário de infecções do coronavírus em meio a início de emergência
Por Tim Kelly e Sarah Aoyagi
TÓQUIO (Reuters) - Tóquio registrou 144 infecções de coronavírus nesta quarta-feira, seu maior aumento diário desde o início da pandemia, noticiou a emissora pública NHK, sem citar fontes, no primeiro dia do estado de emergência adotado para conter o surto.
O total de infecções na capital japonesa está em 1.339, disse a NHK, um aumento que elevaria a cifra nacional acima de 4.600, incluindo 98 mortes, com base em números que publicou mais cedo nesta quarta-feira.
A quantidade de infecções ainda é muito menor do que em muitos países europeus e nos Estados Unidos, mas um aumento constante em algumas áreas levou o primeiro-ministro, Shinzo Abe, a declarar emergência em Tóquio, Osaka e cinco outros municípios duramente atingidos.
Um dia depois de ela ser anunciada, usuários do transporte interurbano a caminho do trabalho lotaram os trens de Tóquio, alguns expressando confusão a respeito da melhor maneira de restringir a circulação.
"É inevitável as pessoas saírem para trabalhar", disse Risa Tanaka, funcionária de um escritório que usava máscara perto da estação de Shinjuku e que disse que normalmente tenta trabalhar em casa, mas saiu para entregar alguns documentos.
"Não sei se a declaração de emergência basta."
As cenas em Tóquio contrastaram com as medidas aplicadas na Europa, onde a polícia patrulha as ruas e em alguns países, como Reino Unido e França, usa drones.
Os franceses têm tido que assinar e portar um formulário oficial justificando sua presença fora de casa, e estão sujeitos a penalidades duras por violações.
Apesar de algumas acusações de policiamento excessivo, a aplicação tem sido essencialmente bem-sucedida, o que provoca o esvaziamento das ruas das cidades e a uma paralisação de grande parte das economias locais europeias – mas entre as infrações estão churrascos em parques.
A emergência japonesa de um mês de duração dá mais poderes para os governadores regionais pressionarem os negócios a fecharem, mas agravará os problemas infligidos pelos transtornos na cadeia de suprimento e pelas restrições de viagem à terceira maior economia do mundo.
"Reduzimos o número de funcionários pela metade no escritório, mas ainda estamos fazendo rodízio para ir ao trabalho", disse Chihiro Kakegawa, usuária do transporte interurbano e funcionária de uma instituição financeira perto da estação de Tóquio, acrescentando que isso a livra de ir ao trabalho todos os dias.
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