Meses antes de eleições nos EUA, grupos liberais pressionam Biden sobre cargos econômicos
Por Trevor Hunnicutt
NOVA YORK (Reuters) - Grupos liberais estão pressionando Joe Biden a escolher guardiões fortes para postos econômicos dos Estados Unidos antes das eleições de 3 de novembro para gerar um apoio mais amplo ao candidato presidencial democrata.
Líderes de organizações como Revolving Door Project e Demand Progress disseram que pretendem divulgar nomes de pessoas que consideram aceitáveis para supervisionar impostos, regulamentação, supervisão de estímulos e mercados, caso Biden derrote o presidente republicano Donald Trump.
Os ativistas querem que líderes progressistas de inclinação pública ajudem a garantir uma recuperação econômica após a pandemia de coronavírus e a proteger contra o desperdício de dinheiro no que consideram prêmios corporativos.
Vários ativistas progressistas afirmaram que começaram a compartilhar preferências pessoais com os funcionários da campanha de Biden. Eles planejam defender suas posições através de forças-tarefa estabelecidas com o senador Bernie Sanders e outros membros do Congresso que apoiam Biden.
A campanha de pressão silenciosa, ainda em estágios iniciais, envolveu quase três dezenas de grupos progressistas até agora, de acordo com conversas com os grupos.
"Se você tentar descobrir como tornar a economia mais justa, precisará colocar pessoas em posições que acordem todas as manhãs com o objetivo de tentar tornar a economia mais justa", disse Jeff Hauser, diretor do grupo Revolving Door Project.
O ex-vice-presidente Biden foi criticado por alguns progressistas pelo que consideram um relacionamento acolhedor com Wall Street. Muitos ficaram alarmados que o ex-secretário do Tesouro Larry Summers esteja dando conselhos a Biden por causa de sua associação com os esforços de desregulamentação financeira.
Aliados informais como o assessor econômico Jared Bernstein, a chefe do Washington Center for Equitable Growth, Heather Boushey, e o ex-diretor do Bureau de Proteção Financeira do Consumidor Richard Cordray são vistos de maneira mais favorável à esquerda, porque se concentram em questões de desigualdade.
Biden considera anunciar alguns nomes de gabinete quando escolher seu companheiro de chapa.
A campanha se recusou a comentar nomes ou conversas específicas.
Um assessor da campanha disse que Biden está na vanguarda do movimento progressista e envolvido com ex-rivais, apoiando inclusive a proposta de ensino gratuito de Sanders e o plano da senadora Elizabeth Warren de expandir as proteções à falência dos consumidores.
O grupo liberal MoveOn entrevistou integrantes na semana passada e descobriu que a maioria provavelmente apoiaria Biden se ele prometesse não nomear executivos financeiros para seu governo.
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