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Seul aguarda testes de tratamento de Covid-19 da Celltrion com humanos na Europa

02/06/2020 10h23

SEUL (Reuters) - A Coreia do Sul aguarda testes clínicos de um tratamento experimental para Covid-19 da Celltrion com humanos na Europa que começará no mês que vem, e pretende garantir suprimentos consideráveis do remédio até a primeira metade do ano que vem, disse uma autoridade de saúde de alto escalão nesta terça-feira.

Empresas farmacêuticas de todo o mundo estão correndo para desenvolver tratamentos para a doença semelhante à gripe causada pelo novo coronavírus, que já matou mais de 374 mil pessoas em todo o mundo desde que surgiu no final do ano passado na China.

Na segunda-feira, a Celltrion disse que seu tratamento experimental de anticorpos para a Covid-19 demonstrou uma redução de até 100 vezes da carga viral da doença em testes com animais e que almeja iniciar testes clínicos com humanos no final de julho.

"Seria difícil realizar testes clínicos em casa devido ao número baixo de casos novos, e entendemos que há debates com parceiros europeus em andamento para testes", disse o vice-diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KCDC), Kwon Jun-wook, em sua entrevista diária.

Kwon disse que o processo abriria caminho para a Coreia do Sul garantir suprimentos consideráveis do tratamento até o primeiro semestre do ano que vem.

Atualmente, não existem tratamentos para a Covid-19, e testes de vários remédios antivirais existentes com humanos ainda não mostraram eficiência total.

Ainda na segunda-feira, a Eli Lilly and Co disse que começou um teste de estágio inicial para estudar seu tratamento experimental de Covid-19, o primeiro teste mundial de um tratamento de anticorpos contra a doença.

A farmacêutica norte-americana Gilead Science relatou resultados iniciais promissores de seu tratamento com o medicamento remdesivir, o que levou a uma aprovação emergencial nos Estados Unidos e no Japão. Na semana passada, a Coreia do Sul também disse que solicitará importações do remdesivir.

(Por Sangmi Cha)

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447759)) REUTERS ES