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Cidade onde Madeleine McCann desapareceu espera que pais da menina encontrem paz

05/06/2020 11h59

Por Catarina Demony

PRAIA DA LUZ, Portugal (Reuters) - Moradores estrangeiros da estância portuguesa de Praia da Luz falaram nesta sexta-feira sobre suas esperanças de que os pais da menina britânica Madeleine McCann, que desapareceu na área 13 anos atrás, finalmente encontrem paz.

Autoridades da Alemanha dizem que agora se supõe que ela morreu e que um molestador de crianças alemão preso é suspeito de tê-la assassinado.

Madeleine, então com 3 anos, desapareceu de seu quarto de hotel em 2007 durante férias da família em Praia da Luz, uma cidade pequena no sul do Algarve em que alguns visitantes estrangeiros acabam morando o ano todo.

"Sempre torci para que a encontrassem viva", disse Sally Clegg, nativa de Yorkshire de 69 anos que comprou uma casa de férias na cidade oito anos atrás.

"Acho que, para os pais, mesmo que horrível, ao menos eles sabem e podem encerrar o assunto", disse ela à Reuters a pouca distância do complexo em que Madeleine desapareceu.

As cafeterias estavam abertas, mas servindo poucos clientes, já que a localidade de cerca de 3.500 moradores continua essencialmente deserta por causa do isolamento do coronavírus.

A igreja que os McCanns costumavam frequentar, e onde moradores rezavam para que ela voltasse em segurança, foi fechada.

"Sinto-me mal por eles. Eles estão em um limbo já há muitos anos. Nem posso imaginar como é, então seria ótimo se o assunto fosse encerrado", disse Susan Harris, nova-iorquina de 57 anos que se mudou para Praia da Luz aproximadamente na época do desaparecimento de Maddie, caminhando à beira-mar.

Apesar do sumiço de Madeleine, Harris acredita que a estância é segura e ainda dá a sensação de "um lugar muito família".

Peter Sehurter, um suíço de 70 anos, mora em Praia de Luz há dois anos. "Quando me mudei, meu vizinho disse que aconteceu neste apartamento... espero que isto tenha acabado – todos esperam, mas acho que ainda faltam provas. Encerraria o assunto, principalmente para os pais".