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EUA reagirão com força se relatos de pagamento russo ao Taliban por mortes se confirmar, diz autoridade

01/07/2020 16h38

Por Doina Chiacu e Mark Hosenball

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos reagirão com força se for confirmado que a Rússia pagou militantes filiados ao Taliban para matarem soldados norte-americanos e aliados no Afeganistão, disse o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Robert O'Brien, nesta quarta-feira, sem dar detalhes.

O presidente dos EUA, Donald Trump, está sob pressão desde a publicação de uma reportagem do jornal New York Times, na sexta-feira, segundo a qual uma unidade de inteligência militar russa ofereceu tais recompensas, e de uma reportagem posterior segundo a qual ele recebeu um informe por escrito sobre o assunto em fevereiro.

O'Brien e outros assessores tentaram apaziguar a polêmica sobre o que Trump soube e quando o soube, dizendo que uma servidora civil da Agência Central de Inteligência (CIA) decidiu não informar Trump verbalmente "porque não tinha confiança na informação".

Ele não quis dizer se Trump recebeu algo por escrito. "Existem alegações importantes que, se forem verificadas, posso garantir a vocês que o presidente adotará uma ação forte. Estamos trabalhando há vários meses em opções", disse O'Brien a repórteres diante da Casa Branca, mas acrescentou que Washington pode nunca conhecer a verdade por causa dos vazamentos da mídia.

Depois de Trump dizer no final de semana que não estava a par da questão, a Casa Branca disse que ele não foi informado "pessoalmente", mas não disse se ele recebeu um informe por escrito, se o leu e por que não reagiu a ele com mais contundência.

Os comentários inconsistentes provocaram controvérsia entre seus colegas republicanos e também entre democratas, e a insinuação de que Trump pode ter ignorado ou não sabido de uma ameaça a tropas dos EUA que poderia prejudicá-lo na busca de uma reeleição no dia 3 de novembro.

(Reportagem de Doina Chiacu, Susan Heavey, Mark Hosenball, Steve Holland, Arshad Mohammed, Humeyra Pamuk e Patricia Zengerle)

((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))

REUTERS PF