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Preocupação com coronavírus dispara nos EUA em meio a aumento de casos, diz pesquisa Reuters/Ipsos

01/07/2020 16h53

Por Chris Kahn e Peter Szekely

NOVA YORK (Reuters) - O nervosismo dos norte-americanos com a disseminação do coronavírus está no nível mais alto em mais de um mês, mostrou uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta quarta-feira, um dia depois de os Estados Unidos registrarem o maior aumento diário de casos novos desde o início da pandemia.

O levantamento realizado entre 29 e 30 de junho apontou que 81% dos adultos norte-americanos estão "muito" ou "algo" preocupados com a pandemia, a taxa mais elevada desde uma pesquisa semelhante realizada em 11 e 12 de maio. O país já tem mais de 127 mil mortes do vírus, de longe a maior cifra do mundo.

O epicentro da epidemia de Covid-19 nos EUA se transferiu do nordeste para o oeste e o sul, especialmente Califórnia, Texas, Flórida e Arizona.

Autoridades de saúde pública acreditam que a decisão de reabrir bares em muitos Estados foi um dos principais catalisadores dos aumentos acentuados nesses locais.

Os EUA registraram seu maior aumento diário --quase 48 mil infecções novas-- na terça-feira, sendo mais de 8 mil na Califórnia e uma quantidade igual no Texas, mostrou uma contagem da Reuters.

Os temores sobre a pandemia parecem estar crescendo mais entre membros do Partido Republicano, do presidente Donald Trump, de acordo com a pesquisa Reuters/Ipsos.

Em geral, os republicanos têm mostrado menos disposição para impor e manter restrições para deter a proliferação do vírus, como o confinamento em casa ou o uso de máscaras, transformando as medidas de combate ao vírus em uma questão partidária.

Cerca de 7 de cada 10 republicanos disseram estar pessoalmente preocupados com a disseminação do vírus, em comparação com 6 de cada 10 republicanos em pesquisas realizadas ao longo das últimas semanas. Cerca de 9 de cada 10 democratas expressaram um receio semelhante, um número igual ao de levantamentos anteriores.

(Reportagem adicional de Brendan O'Brien, Christine Chan, e Lisa Shumaker, em Chicago)