Miami volta a fechar restaurantes conforme mortes por Covid-19 nos EUA passam de 130 mil
Por Lisa Shumaker e Zachary Fagenson
(Reuters) - Miami-Dade, o condado mais populoso do Estado norte-americano da Flórida, se tornou o mais novo ponto crítico do coronavírus nos Estados Unidos a voltar atrás no processo de reabertura nesta segunda-feira, proibindo restaurantes de servirem refeições in loco, conforme o número de casos no país aumenta às dezenas de milhares e as mortes pela doença superam o total de 130 mil.
O decreto emergencial foi editado nesta segunda pelo prefeito Carlos Gimenez, principal autoridade do condado que inclui a cidade de Miami e áreas próximas, e que tem cerca de 48 mil casos de Covid-19 entre seus 2,8 milhões de moradores.
A medida atingiu em cheio os donos de restaurantes, que recentemente voltaram ao trabalho após o fechamento obrigatório que durou semanas ser suspenso, deixando-os frustrados e ainda mais preocupados com a sobrevivência de seus negócios.
"Estamos emocionalmente esgotados, finaceiramente esgotados, e estamos esgotados com o trauma em ver tudo que está acontecendo", afirmou Karina Iglesias, sócia de dois restaurantes espanhóis populares no centro de Miami, o Niu Kitchen e o Arson.
Michael Beltran, um chef e sócio no Ariete Hospitality Group, que é proprietário de uma série de outros restaurantes populares de Miami, incluindo o Taurus, tinha dificuldades de aceitar que teria de dizer a seus 80 funcionários --muitos dos quais fora recontratados para a reabertura-- que eles ficariam desempregados novamente.
"Pelo que me disseram, eu fiz as coisas certas para reabrir, e agora estamos nesse ponto", disse Beltran.
A Flórida registrou um novo recorde diário de novos casos, com 11 mil na segunda-feira, número maior do que o registrado em qualquer país europeu no auge da crise por lá.
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