Trump pede que piloto da Nascar se desculpe por caso do nó de forca e diz ter sido "farsa"
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pareceu ter exortado nesta segunda-feira o piloto da Nascar Bubba Wallace a pedir desculpa por um incidente envolvendo um nó de forca encontrado na garagem da equipe dele no mês passado, rotulando o caso como uma "farsa" e lamentando a decisão da Nascar de proibir símbolos dos confederados em seus eventos.
Trump não apresentou nenhuma prova para sustentar a alegação de farsa.
A Nascar disse que sua investigação não determinou quem colocou o nó no armário de Wallace ou como ele foi parar lá. Separadamente, investigadores dos EUA concluíram que nenhum crime federal foi cometido.
Wallace, o único piloto negro da categoria, recebeu muitas manifestações de apoio de colegas em meio ao incidente, e depois colegas empurraram o piloto e seu carro até a linha de largada da corrida de 22 de junho no circuito Talladega Superspeedway.
"Será que @BubbaWallace pediu desculpas a todos aqueles grandes pilotos e autoridades da Nascar que saíram em seu socorro, ficaram ao seu lado e estavam dispostos a sacrificar tudo por ele para descobrirem que a coisa toda foi outra farsa? Isso e a decisão sobre a bandeira (dos confederados) causaram a pior audiência da história", tuitou Trump nesta segunda-feira.
Embora a Nascar tenha dito que o nó era usado para abaixar a porta da garagem, o incidente adquiriu um significado maior porque a nação está às voltas com um acirramento das tensões causadas pelo racismo antes da eleição presidencial de 3 de novembro.
Wallace não recuou da questão, ressaltando que o que foi encontrado em sua garagem foi um nó de forca e que, quer tenha sido dirigido a ele ou outra pessoa, continua sendo um símbolo de ódio ligado a linchamentos e à história da escravidão nos EUA.
(Por Susan Heavey e Steve Keating, em Toronto)
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