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Trump e Biden farão campanha em Minnesota em dia de início da votação antecipada

18/09/2020 10h10

Por Joseph Ax

(Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu adversário democrata na disputa pela Casa Branca, Joe Biden, viajarão nesta sexta-feira a Minnesota, Estado crucial do Meio-Oeste que dará início à votação antecipada para a eleição de novembro.

Trump, que está atrás de Biden nas pesquisas nacionais, partiu para a ofensiva em Minnesota na esperança de conquistar o Estado que perdeu por pouco para a democrata Hillary Clinton em 2016, apesar de vencer no vizinho Wisconsin.

Mas pesquisas de opinião recentes no Minnesota deram a Biden uma vantagem robusta. O site de compilação de sondagens RealClearPolitics mostrou o democrata na frente com uma média de 10,2 pontos até quinta-feira.

A dianteira de Biden sublinha até que ponto o mapa eleitoral atual favorece o ex-vice-presidente. Ele lidera em todos os três Estados do "Cinturão da Ferrugem" que Trump tirou dos democratas a caminho da vitória quatro anos atrás: Michigan, Wisconsin e Pensilvânia.

Trump deve realizar um comício de campanha em um aeroporto de Bemidji, no Minnesota, ao anoitecer. Na manhã desta sexta-feira, Biden visitaria o centro de capacitação de um sindicato de Duluth antes de fazer um discurso.

O Estado foi o foco de um acerto de contas nacional sobre as relações raciais quando George Floyd, um homem negro desarmado, morreu depois que um policial de Mineápolis se ajoelhou sobre seu pescoço durante nove minutos, apesar de ele parecer ter perdido a consciência.

A morte desencadeou tumultos civis generalizados que duraram meses e abalaram ainda mais uma nação já assolada pela pandemia de coronavírus e a retração econômica subsequente.

Trump reagiu às manifestações prometendo manter "a lei e a ordem", ao mesmo tempo em que retratou muitos dos manifestantes como radicais de extrema-esquerda que ganhariam ainda mais poder com uma vitória de Biden na votação de 3 de novembro.

Biden repudiou a violência em alguns protestos, mas expressou apoio às objeções dos manifestantes ao racismo e à brutalidade policial. Ele culpou a retórica polarizadora de Trump pelo agravamento da situação.