Juiz mantém acusação de homicídio em segundo grau contra ex-policial do caso George Floyd
Por Nathan Layne
(Reuters) - Um juiz rejeitou uma acusação menor de assassinato contra o ex-policial de Mineápolis Derek Chauvin, mas decidiu que ele ainda irá enfrentar uma acusação mais séria de homicídio no caso da morte de George Floyd em maio, de acordo com uma decisão publicada nesta quinta-feira.
O juiz Peter Cahill, do Condado de Hennepin, disse que procuradores não tinham causa provável para implicar Chauvin em homicídio do terceiro grau, mas disse que as evidências suportam o julgamento pela acusação de homicídio em segundo grau, que pode levar a décadas de prisão.
O governador do Estado de Minnesota, Tim Walz, anunciou que havia acionado a Guarda Nacional de Minnesota como uma "medida de precaução" após a decisão, que segundo o político marca "um passo positivo em direção à Justiça para George Floyd".
A prisão que acabou no assassinato de Floyd no dia 25 de maio, que foi gravada em vídeo por pessoas que presenciaram a cena, provocou semanas de fúria e protestos muitas vezes violentos em Mineápolis e no restante do país contra a brutalidade policial e o racismo. Chauvin é branco, enquanto Floyd era um homem negro.
Cahill descreveu em detalhes como Chauvin usou seu joelho para pressionar o pescoço e o rosto de Floyd "no implacável concreto da Avenida Chicago" em Mineápolis, mesmo depois de Floyd dizer que não conseguia respirar e perder a consciência.
Cahill manteve acusações contra três policiais --Thomas Lane, J. Alexander Kueng e Tou Thao-- por alegado auxílio e cumplicidade no assassinato. Kueng e Lane ajudaram a segurar Floyd no chão ao imobilizarem suas costas e pernas, apontou Cahill, enquanto Thao manteve à distância um grupo de pessoas que assistia a cena.
(Reportagem de Nathan Layne em Wilton, Connecticut e Maria Caspani em Nova York)
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