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Na reta final, Trump faz campanha em 3 estados e Biden vai à Geórgia

O democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump, adversários nas eleições de 2020 nos EUA - Jim Watson e Brendan Smialowski/AFP
O democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump, adversários nas eleições de 2020 nos EUA Imagem: Jim Watson e Brendan Smialowski/AFP

Por James Oliphant

27/10/2020 08h41

WASHINGTON (Reuters) - Faltando só uma semana para a eleição de 3 de novembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o democrata Joe Biden cruzarão o país hoje, um dia de campanha intenso que contará com a participação do ex-presidente Barack Obama.

Atrás de Biden em pesquisas nacionais de opinião, Trump fará comícios em três estados cruciais para sua esperança de reeleição —Michigan, Wisconsin e Nebraska— enquanto Biden viaja à Geórgia e Obama faz campanha em seu nome na fundamental Flórida.

A campanha presidencial de 2020 está sendo diferente de todas, já que a pandemia de coronavírus, que já matou mais de 225 mil norte-americanos, está impulsionando uma votação antecipada recorde.

Mais de 64 milhões de pessoas já depositaram suas cédulas, o que se aproxima de metade do total de votos de 2016, de acordo com dados do Projeto Eleições da Universidade da Flórida.

O volume enorme de votos pelo correio pode exigir dias ou semanas para uma contagem, dizem especialistas. Não se trata de uma novidade no país —cerca de uma de cada quatro cédulas chegou às autoridades eleitorais assim em 2016—, mas a modalidade está aumentando por causa da pandemia.

Trump, que afirmou diversas vezes e sem provas que a votação pelo correio está sujeita a fraudes, tuitou ontem: "Devemos ter o total final em 3 de novembro". O Twitter assinalou a mensagem com um alerta, descrevendo o conteúdo do tuíte como "questionável" e potencialmente enganoso.

A incursão de Biden na Geórgia, um reduto republicano de longa data, é um sinal do otimismo de sua equipe na última semana de campanha.

Pesquisas mostram uma disputa acirrada ali, e uma vitória de Biden provavelmente seria um golpe duro nas perspectivas de Trump. O estado não apoia um democrata em uma eleição presidencial desde 1992.

Ontem, Biden disse aos repórteres que acredita que tem uma "boa chance" de levar a Geórgia. Ele fará um evento de tarde em Warm Springs e encerrará o dia com um comício vespertino na capital, Atlanta.

Com dinheiro de sobra, a equipe de Biden está anunciando na Geórgia há semanas.

Obama, que se tornou um porta-voz de luxo de Biden na reta final, fez um comício em Miami no final de semana e fará campanha em Orlando. Biden foi o vice de Obama durante oito anos.