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Itália aprova pacote de estímulo após casos de Covid-19 atingirem novo recorde

27/10/2020 18h02

Por Giuseppe Fonte e Gavin Jones

ROMA (Reuters) - A Itália aprovou nesta terça-feira um pacote de medidas para apoiar as empresas atingidas por novas restrições que visam conter o coronavírus, horas depois que as infecções diárias atingiram um novo recorde e as mortes relacionadas à Covid-19 tiveram um salto.

As medidas irão custar 5,4 bilhões de euros e incluem subsídios, incentivos fiscais e recursos adicionais para programas de demissões temporárias, disseram o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, e o ministro da Economia, Roberto Gualtieri, em entrevista coletiva.

"O Conselho de Ministros aprovou um decreto que garantirá uma compensação imediata para os setores que estão em maior dificuldade neste momento”, disse Conte.

Mais cedo, o Ministério da Saúde registrou 21.994 novas infecções por coronavírus nas últimas 24 horas, com 221 mortes, a primeira vez que a Itália registrou mais de 200 mortes em um único dia desde meados de maio.

Em um esforço para conter o surto ressurgente, Conte ordenou no domingo que bares e restaurantes fechem às 18h, e fechou academias, cinemas e piscinas, gerando protestos contra as interrupções em várias cidades.

O governo tem prometido que não haverá repetição dos atrasos na transferência do auxílio financeiro às empresas, como ocorreu durante a primeira onda da epidemia na Itália na primavera.

Gualtieri disse que a agência tributária nacional terá como objetivo transferir os recursos diretamente para as contas bancárias das pessoas até meados de novembro, usando "um mecanismo que seja rápido, simples e eficaz".

O mais recente pacote de auxílio inclui 2,4 bilhões de euros de pagamentos pontuais em favor de 460 mil empresas, créditos fiscais para aluguéis e o cancelamento do pagamento do imposto sobre habitação IMU devido em dezembro, informou Gualtieri.

O pacote também fornece recursos para mais seis semanas --até 31 de janeiro-- de programas de licença que estão em vigor desde meados de março, enquanto o orçamento do governo para 2021 os estenderá por mais 12 semanas.

(Reportagem adicional de Crispian Balmer e Antonio Denti)