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Principal diplomata de Biden, Blinken promete revitalizar alianças e liderança dos EUA

Antony Blinken, de 58 anos, veterano de relações exteriores e confidente próximo do presidente eleito Joe Biden - Mandel Ngan/AFP
Antony Blinken, de 58 anos, veterano de relações exteriores e confidente próximo do presidente eleito Joe Biden Imagem: Mandel Ngan/AFP

Humeyra Pamuk, Patricia Zengerle e David Brunnstrom

19/01/2021 20h11

O indicado do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, a secretário de Estado, Antony Blinken, prometeu nesta terça-feira que trabalhará para revitalizar a danificada diplomacia norte-americana e construir uma frente unida para reagir aos desafios impostos por Rússia, China e Irã.

Em sua audiência de confirmação no Senado, um dia antes de o democrata Biden assumir o poder no lugar do republicano Donald Trump, cujo mandato de quatro anos foi marcado por ações unilaterais dos EUA que frequentemente irritaram aliados norte-americanos, Blinken disse que trabalhará junto com os parceiros, e com humildade.

Blinken, de 58 anos, veterano de relações exteriores e confidente próximo de Biden, também explicou por que a liderança dos EUA é vital para o mundo, prometendo uma política externa que entregue resultados ao povo norte-americano.

"Quando não estamos participando, quando não lideramos, acontece uma de duas coisas: ou algum outro país tenta tomar nosso lugar, mas provavelmente não de uma maneira que avance nossos interesses ou valores, ou ninguém o faz, e então você tem o caos", disse Blinken ao comitê de Relações Exteriores do Senado.

"De qualquer maneira, isso não serve ao povo norte-americano".

Biden assumirá o poder em um mundo muito diferente ao que ele deixou, quatro anos atrás, como vice-presidente de Barack Obama.

A China assumiu um papel global muito maior, de instituições multilaterais ao desenvolvimento na África e na América Latina. As relações entre Washington e Pequim deterioraram-se ao seu pior patamar em décadas, motivando comparações com a Guerra Fria.

Não houve indicação de que Blinken terá dificuldades para ser confirmado pelo Senado.