Biden assina decretos sobre clima, imigração e energia em primeiro dia no cargo
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, começou a assinar nesta quarta-feira 15 decretos relacionados à pandemia de coronavírus, mudanças climáticas e desigualdade racial, e também a reverter políticas do seu antecessor Donald Trump.
Os decretos, cumprindo sua promessa de agir rapidamente desde o primeiro dia de governo, iniciaram o processo para que os EUA retornem ao acordo do clima de Paris e incluem a revogação da licença presidencial concedida ao controverso oleoduto da Keystone XL.
As medidas tomadas por Biden encerrarão uma proibição que Trump impôs para a chegada de pessoas de países majoritariamente muçulmanos. Ele também determinou que seu governo reforce um programa de apoio a imigrantes levados aos EUA como crianças.
O novo presidente também ordenou o uso de máscaras e distanciamento social em todos os prédios e terrenos federais e encerrou a declaração de emergência nacional que servia como base para desviar fundos federais para a construção de um muro na fronteira com o México.
Biden também assinou um memorando direcionando o Departamento de Segurança Nacional e o procurador-geral dos EUA a preservar o programa Daca, que protege de deportação imigrantes que chegaram ao país como crianças, e reverter a ordem executiva de Trump que pede fiscalização interna mais rígida à imigração.
Juntas, as ações mostram que Biden está começando seu mandato com um forte foco na imigração, assim como Trump colocou o assunto no centro da sua agenda política até os últimos dias do seu governo. Em uma das poucas aparições públicas após a eleição, Trump visitou uma parte do muro na fronteira com o México, no começo do mês.
A decisão de Biden de imediatamente recuar na proibição de viagens imposta por Trump, que motivou amplos protestos quando foi assinada e foi considerada discriminatória, ganhou elogios de grupos empresariais e defensores da causa da imigração.
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