Hospitais de Portugal veem pressão de "guerra" em meio à disparada da Covid-19
Por Catarina Demony e Sergio Goncalves
LISBOA (Reuters) - Portugal está ficando sem leitos hospitalares nas redes pública e particular, disse o chefe da associação de hospitais particulares do país, e o número diário de mortes de Covid-19 atingiu uma alta recorde nesta sexta-feira pelo quinto dia consecutivo.
O país de 10 milhões de habitantes, que se saiu melhor do que outros na primeira onda da pandemia, agora tem a média recorrente de casos novos de sete dias mais alta do mundo.
"Estamos vivenciando uma situação típica de uma guerra. Não temos leitos suficientes --no serviço nacional de saúde, nas redes pública e particular-- para lidar com uma progressão pandêmica de 13 mil a 14 mil casos novos por dia", disse o doutor Oscar Gaspar.
Também nesta sexta-feira, as escolas foram fechadas pela primeira vez desde março, e os casos crescentes de coronavírus obrigaram o governo a intensificar sua reação à pandemia.
Portugal está em lockdown desde 15 de janeiro, e por isso os negócios não-essenciais estão fechados e a maioria das pessoas está confinada em casa.
"Há mais medo agora do que antes... muito mais", disse Maria Madalena, aposentada de 78 anos e uma das poucas pessoas nas ruas de Lisboa nesta sexta-feira.
Os hospitais particulares só ofereceram mil leitos --cerca de 10% de sua capacidade-- a pacientes do serviço nacional de saúde com ou sem Covid desde que o governo pediu ajuda em novembro. Os outros leitos estão quase repletos de pacientes particulares, disse Gaspar, criticando o governo por pedir socorro tarde demais.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.