OMS diz que fabricantes de vacina trabalham sem parar para sanar escassez
Por Stephanie Nebehay e John Miller
GENEBRA (Reuters) - O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, disse nesta quinta-feira que os fabricantes de vacina estão trabalhando sem parar para sanar a escassez de suprimentos de países com dificuldade para conter a pandemia de Covid-19, e fez um apelo para que as nações a não se atropelem para receber as doses.
"Solidariedade não significa necessariamente que cada país do mundo comece (a vacinar) exatamente no mesmo momento... o bom entendimento é que ninguém está seguro até todos estarem seguros", disse Kluge em uma entrevista coletiva virtual.
Indagado sobre os atrasos no envio de vacinas da Pfizer e da AstraZeneca a pacientes das 27 nações da União Europeia, Kluge respondeu que governos e fabricantes deveriam trabalhar juntos para tratar dos "problemas de dentição" da distribuição.
"A realidade é que existe uma escassez de vacinas... (mas) não duvidamos que os fabricantes e produtores estão trabalhando 24 horas e sete dias para preencher as lacunas, e temos confiança de que os atrasos que estamos vendo agora serão compensados por uma produção extra no futuro."
Enquanto ele falava, a luta da Europa para garantir suprimentos de vacinas contra Covid-19 se acentuou nesta quinta-feira, quando o Reino Unido exigiu receber todas as vacinas pelas quais pagou depois que a União Europeia pediu à AstraZeneca que redirecione suprimentos destinados aos britânicos.
A UE, cujos países-membros estão muito atrás de Israel, Reino Unido e Estados Unidos na distribuição de vacinas, está correndo para obter suprimentos no momento em que as maiores farmacêuticas ocidentais desaceleram as entregas ao bloco devido a problemas de produção.
"Precisamos ser pacientes, levará tempo para vacinar", disse Kluge, acrescentando que um total de 35 países europeus iniciaram vacinações e que 25 milhões de doses já foram administradas.
"Estas vacinas mostraram a eficácia e a segurança que todos esperávamos... esta empreitada monumental diminuirá a pressão em nossos sistemas de saúde e indubitavelmente salvará vidas."
(Por Stephanie Nebehay e John Miller)
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