Entre largadas em falso, Covid e disputa acirrada, eleição presidencial começa no Peru
Por Marco Aquino
LIMA (Reuters) - Os peruanos se dirigiam às urnas neste domingo em uma eleição presidencial marcada pela incerteza devido à apatia generalizada do público após década de corrupção, más gestões e um possível comparecimento baixo devido à pandemia de Covid-19.
As urnas abriram às 7h, horário local, com o dobro dos postos de votação disponíveis aos eleitores em relação a eleições anteriores conforme as autoridades buscavam evitar a piora de uma segunda onda de coronavírus que atinge o país andino.
Longas filas se formaram no lado de fora de alguns postos de votação, majoritariamente com pessoas idosas que receberam a recomendação de votar cedo para evitar aglomerações.
Alguns colégios eleitorais não puderam abrir na hora certa porque supervisores --cidadãos escolhidos aleatoriamente para ajudar o processo-- não haviam chegado, gerando tensões em alguns postos e reclamações nas redes sociais.
Nenhum dos 18 candidatos à Presidência tinha mais de 12% nas pesquisas, e não votar em qualquer dos candidatos ainda era a opção mais popular entre entrevistados antes do primeiro turno.
Dois candidatos de polos opostos do espectro político podem se enfrentar no segundo turno em junho.
Hernando de Soto, economista liberal, e o professor esquerdista radical Pedro Castillo aparecem na frente do pelotão após picos de apoio na reta final, segundo a última pesquisa.
Keiko Fujimori, filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori, está logo atrás, seguida pelo candidato populista Yonhy Lescano, o ultraconservador Rafael López Aliaga e a esquerdista Veronika Mendoza.
(Reportagem de Marco Aquino)
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