Biden pede investigação sobre morte de jovem negro pela polícia e alerta contra saques
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu nesta segunda-feira que os protestos contra a morte de um homem negro de 20 anos baleado pela polícia em Minnesota sejam pacíficos, e defendeu uma investigação completa do incidente.
Um vídeo mostrou Daunte Wright sendo baleado no domingo na cidade de Brooklyn Center, em Minnesota, a poucos quilômetros de onde está sendo realizado o julgamento do ex-policial de Mineápolis Derek Chauvin, acusado de assassinar outro homem negro, George Floyd, no ano passado.
"É realmente uma coisa trágica o que aconteceu, mas acho que temos que esperar e ver o que a investigação mostrará", disse Biden a repórteres na Casa Branca.
"Enquanto isso, quero deixar claro novamente: não há absolutamente nenhuma justificativa --nenhuma-- para saques, nenhuma justificativa para a violência. Protestos pacíficos, compreensíveis."
O chefe da polícia de Brooklyn Center, Tim Gannon, afirmou na segunda-feira que o incidente pareceu ter sido uma "descarga acidental" de uma policial que sacou sua arma em vez do taser (dispositivo não-letal) durante uma discussão após uma blitz de trânsito.
Biden disse que uma investigação será necessária para esclarecer os fatos. Ele acrescentou a repórteres que não tinha falado com a família de Wright, mas estendeu suas orações a eles e disse que entendia a raiva, a dor e o trauma na comunidade negra por causa dos incidentes repetidos de assassinatos por policiais.
Recursos federais estão sendo disponibilizados para ajudar a manter a paz e a calma, declarou Biden.
O incidente ocorreu no momento em que o governo Biden desistiu de uma promessa de campanha de criar rapidamente uma comissão de supervisão da polícia dos EUA, depois que uma autoridade sênior disse que o governo concluiu que o melhor seria uma lei para punir os policiais que usam força excessiva.
(Reportagem de Nandita Bose, Trevor Hunnicutt e Jan Wolfe)
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