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FBI: Seguidores da QAnon podem engajar 'violência no mundo real'

Membros da QAnon participaram da invasão do Capitólio em janeiro de 2021 - Getty Images
Membros da QAnon participaram da invasão do Capitólio em janeiro de 2021 Imagem: Getty Images

Mark Hosenball

14/06/2021 20h15

WASHINGTON (Reuters) - Os seguidores da teoria da conspiração QAnon podem novamente se envolver em atos de violência contra adversários políticos por conta das frustrações com previsões da teoria que não se realizaram, segundo informações do FBI.

Pessoas que acreditam na teoria da conspiração - que projeta o ex-presidente Donald Trump como uma figura de salvador e os principais democratas como uma seita de pedófilos e canibais satanistas - desempenharam um papel proeminente no violento ataque de 6 de janeiro ao Capitólio.

Em um boletim de 4 de junho distribuído a membros do Congresso e visto pela Reuters, o FBI diz que seus especialistas acreditam que alguns dos adeptos das previsões de levantes políticos promovidas por websites e quadros de avisos da QAnon acham que não podem mais "confiar no plano".

Entre as previsões estariam revelações sobre o envolvimento dos democratas em redes de tráfico de crianças, a prisão de Hillary Clinton e o retorno de Trump à Casa Branca.

Por conta do fracasso da materialização das previsões da QAnon, o boletim do FBI alerta que alguns adeptos do conjunto de teorias conspiratórias "provavelmente começarão a acreditar" que têm uma "obrigação" de se transformarem de "'soldados digitais' em serviço para engajar em atos violentos no mundo real" contra democratas e "outros opositores políticos".

O FBI atribui parte da queda do apoio à QAnon ao não acontecimento de eventos, como o retorno de Trump, que a QAnon previu mas não se materializou, e também às atitudes de empresas de redes sociais que retiraram em grande escala materiais de suas plataformas.