Governador de Nova York nega alegações de assédio sexual detalhado em inquérito
Por Jonathan Allen
NOVA YORK (Reuters) - O governador de Nova York, Andrew Cuomo, negou nesta terça-feira as conclusões de uma investigação de cinco meses feita pela procuradora-geral do Estado, que revelou que Cuomo assediou sexualmente várias mulheres, infringindo a legislação estadual e federal, criando um "clima de medo" em seu escritório.
"Nunca toquei em ninguém de maneira inadequada", disse Cuomo, um democrata que é governador desde 2011. "Isso simplesmente não é quem eu sou e nunca fui."
A investigação mostrou que Cuomo apalpou, beijou e abraçou mulheres sem consentimento e que fez comentários inadequados a um total de 11 delas, disse a procuradora-geral Letitia James em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, acrescentando que o gabinete do democrata se tornou um "ambiente de trabalho tóxico" que permitiu que o assédio ocorresse.
"Os fatos são muito diferentes do que foi retratado", disse Cuomo.
As conclusões, detalhadas em um relatório contundente de 168 páginas, podem ser um golpe devastador no futuro político de Cuomo e prejudicar seu governo, mas o inquérito é de natureza civil e não levará diretamente a nenhuma acusação criminal contra ele.
"Estas 11 mulheres estavam em um ambiente de trabalho hostil e tóxico. Deveríamos acreditar nas mulheres", disse a procuradora, que também é democrata.
"O que esta investigação revelou foi um padrão de conduta perturbador do governador do grande Estado de Nova York", acrescentou.
Carl Heastie, presidente da Assembleia de Nova York de maioria democrata que autorizou uma investigação de impeachment sobre a conduta de Cuomo, classificou as conclusões do relatório como "perturbadoras" em um comunicado e disse que elas apontam "alguém que não está apto para o cargo".
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