Desigualdade de vacina expõe humanidade a variantes, diz presidente colombiano
Por Luis Jaime Acosta
BOGOTÁ (Reuters) - O presidente da Colômbia, Iván Duque, disse à Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira que a comunidade internacional precisa distribuir igualitariamente as vacinas contra Covid-19 para evitar a criação de variantes novas e mais temíveis do coronavírus.
O país sul-americano almeja vacinar ao menos 70% de seus 50 milhões de habitantes, mas atrasos de produção de fabricantes de vacina deixaram alguns colombianos à espera de doses nas últimas semanas.
"Peço à comunidade internacional que fortaleça o multilateralismo em relação à saúde e ao avanço da igualdade na distribuição das vacinas. É nosso dever moral", disse Duque durante seus discurso à 76ª edição da Assembleia-Geral.
"Se atrasos na distribuição igualitária das vacinas continuarem em todos os países, nós, a humanidade, estaremos expostos a novas variantes nos atacando com ferocidade maior. A imunidade global exige solidariedade, então o armazenamento não pode existir diante das necessidades de outros", disse Duque.
Alguns países adquirem doses suficientes para seis ou sete vezes suas populações e anunciam terceiras doses de reforço, acrescentou ele, e outros não conseguem administrar nenhuma vacina.
A Colômbia acumula mais de 126 mil mortes de Covid-19, de acordo com cifras do Ministério da Saúde daquele país. Cerca de 16,1 milhões de pessoas do país andino estão totalmente vacinadas e outras 22,4 milhões receberam uma primeira dose.
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