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Unicef: 10 mil crianças foram mortas ou multiladas na Guerra do Iêmen

Na imagem: sapatos de mortos em massacre em Sanaã, no Iêmen - Mohammed Hamoud / Getty Images
Na imagem: sapatos de mortos em massacre em Sanaã, no Iêmen Imagem: Mohammed Hamoud / Getty Images

Emma Thomasson

Em Genebra (Suíça)

19/10/2021 11h36Atualizada em 19/10/2021 11h56

10 mil crianças iemenitas foram mortas ou mutiladas desde que uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita interveio no Iêmen, em março de 2015 depois de o grupo houthi alinhado ao Irã expulsar o governo do país, disse hoje o Unicef (Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância).

"O conflito no Iêmen acaba de atingir outro marco vergonhoso. Agora, temos 10 mil crianças que foram mortas ou mutiladas desde março de 2015", disse o porta-voz do Unicef, James Elder, em um briefing na ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra, depois de voltar de uma visita ao país.

"Isto é o equivalente a quatro crianças a cada dia", disse Elder, acrescentando que muitas outras mortes e ferimentos de crianças não são relatados.

Quatro de cada cinco crianças, um total de 11 milhões, necessitam de assistência humanitária no Iêmen, enquanto 400 mil estão sofrendo de desnutrição aguda e mais de 2 milhões estão fora das escolas, disse Elder.

Esforços liderados pela ONU para orquestrar um cessar-fogo de âmbito nacional não avançam, já que sauditas e houthis resistem a se comprometer a encerrar mais de seis anos de uma guerra que provoca o que a ONU classifica como a maior crise humanitária do mundo.

Centenas de iemenitas estão presos em meio aos combates intensos entre forças do governo e dos houthis no Marib, uma região administrativa do norte, disseram moradores e uma autoridade local na semana passada, depois que batalhas pelo controle da área rica em gás deslocaram cerca de 10 mil pessoas.