Regras de mineração submarina da ONU não devem estar prontas até 2023
Por Helen Reid
JOHANESBURGO (Reuters) - Os regulamentos para a mineração em águas profundas exigirão mais tempo para serem finalizados devido à pandemia global, disse um grupo de países latino-americanos, criando incerteza para as empresas que pretendem procurar metais como cobalto e níquel no leito marítimo.
As negociações atrasadas também criam uma possível dificuldade para empresas que buscam financiamento de investidores para tal prospecção.
A Agência Internacional das Nações Unidas para o Leito Marítimo (ISA) está trabalhando em regras globais que cobrem a mineração no leito marítimo, que não é permitida até os regulamentos serem finalizados.
O pequeno Estado de Nauru, no Pacífico, tentou acelerar o processo determinando em junho um prazo de dois anos para as regras serem formuladas. Nauru é um Estado patrocinador da Nauru Ocean Resources Inc (Nori), uma subsidiária da empresa de mineração The Metals Co.
A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) disse que "nenhum progresso tangível foi obtido" para a adoção de regulamentos e diretrizes para a mineração em uma solicitação de 13 de outubro e publicada no site da ISA nesta quinta-feira.
A ISA não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
A Celac, uma de vários grupos regionais integrantes da ISA, disse que o Conselho da ISA pode não ser capaz de finalizar e adotar os regulamentos exigidos dentro do período de dois anos, acrescentando que as delegações estão longe de se entender em questões centrais.
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