Alemanha deve impor restrições a quem não se vacinou contra Covid
BERLIM (Reuters) - A Alemanha deve impor nesta quinta-feira restrições às pessoas que não se vacinaram contra a Covid-19, já que tenta conter uma disparada dramática de infecções diárias pelo coronavírus exacerbada pela descoberta da variante Ômicron.
A chanceler Angela Merkel e seu sucessor, Olaf Scholz, debaterão com os líderes dos 16 Estados alemães a restrição de acesso de pessoas que não se vacinaram a tudo que não sejam estabelecimentos essenciais, como mercados, farmácias e padarias.
Ansiosos para evitar lockdowns que poderiam descarrilar a recuperação frágil da maior economia da Europa, eles devem manter os estabelecimentos comerciais abertos para os quase 69% da população que estão totalmente vacinados, assim como aqueles que se recuperaram do coronavírus.
Virologistas atribuem a quarta onda, que pode sobrecarregar as unidades de tratamento intensivo e que nesta quinta-feira resultou em mais de 73 mil infecções novas e 388 mortes, à resistência de uma grande parcela da sociedade à vacinação. Eles também criticam políticos por agirem tarde demais.
A taxa de vacinação alemã de pouco menos de 70% se aproxima da média da União Europeia, mas é inferior a de países como Portugal e Irlanda.
Tornar a vacinação obrigatória e limitar o número de pessoas em grandes eventos, como partidas de futebol, são algumas das medidas a serem debatidas.
Há sinais de que a curva começa a se estabilizar: a incidência de sete dias para 100 mil habitantes caiu pelo terceiro dia consecutivo e ficou em 439,2.
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