Vantagem de socialistas em eleição portuguesa diminui, diz pesquisa
Por Sergio Goncalves
LISBOA (Reuters) - Os Partido Socialista (PS), legenda de centro-esquerda que governa Portugal, perdeu terreno em uma pesquisa de opinião publicada nesta sexta-feira, que os deixou com a menor vantagem em todos os levantamentos mais recente, mantendo a disputa muito aberta apenas dez dias antes da eleição geral antecipada e marcada para 30 de janeiro.
O partido do primeiro-ministro António Costa caiu para 37% de apoio, segundo a pesquisa da Universidade Católica, ante 39% em pesquisa realizada uma semana atrás. Seus principais adversários, os Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, subiram de 30% para 33%.
Isso deixa o Partido Socialista ainda mais longe da maioria parlamentar absoluta, que, de acordo com o sistema de representação proporcional, corresponderia a entre 42% e 45% dos votos.
Em outubro, dois antigos aliados de Costa --o Partido Comunista Português (PCP) e o Bloco de Esquerda (BE)-- se alinharam com partidos de direita para rejeitar a lei orçamentária do governo de minoria, provocando a eleição antecipada marcada para 30 de janeiro.
Analistas afirmam que apenas a eleição pode não resolver o impasse político de Portugal, porque nenhum partido ou aliança conhecida deve formar uma maioria absoluta para governar.
O Bloco de Esquerda perdeu um ponto percentual, ficando em 5%, mesmo nível de apoio dos Comunistas.
Costa disse que uma nova aliança com os dois ex-aliados não é mais possível e que, em vez disso, buscará o apoio de partidos menores como o Pessoas Animais Natureza (PAN). De acordo com a pesquisa da Católica, o partido tem 2% de apoio.
O partido de extrema-direita Chega seria a terceira maior força do parlamento, com 6%, segundo o levantamento.
A intenção de voto do partido Iniciativa Liberal (IL) ficou em 5%, enquanto o direitista CDS-PP e o eco-socialista Livre ficaram com 2% cada, mesmos patamares da pesquisa anterior.
A margem de erro da pesquisa da Universidade Católica, que entrevistou 1.256 pessoas entre 12 e 18 de janeiro, é de 2,6%.
(Reportagem de Sergio Gonçalves)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.