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EUA aceleram derrubada de símbolos confederados, mostra relatório

Manifestante favorável ao presidente Donald Trump carrega bandeira dos estados confederados ao invadir Congresso dos Estados Unidos, em 2021 - MIKE THEILER/REUTERS
Manifestante favorável ao presidente Donald Trump carrega bandeira dos estados confederados ao invadir Congresso dos Estados Unidos, em 2021 Imagem: MIKE THEILER/REUTERS

01/02/2022 18h11Atualizada em 01/02/2022 18h56

Por Julio Cesar-Chavez e Dan Fastenberg

RICHMOND (Reuters) - Depois que o assassinato de George Floyd provocou a derrubada de estátuas confederadas, os Estados Unidos continuam removendo símbolos segregacionistas em um ritmo sem precedentes, de acordo com um relatório do Southern Poverty Law Center divulgado nesta terça-feira.

Mas a remoção de 73 estátuas, placas e nomes de escolas em 2021 vai além da matemática, disse Lecia Brooks, diretora do centro.

A demanda pela destruição de símbolos como os que homenageiam o comandante confederado Robert E. Lee mostra um despertar para os danos infligidos ao povo norte-americano ao homenagear figuras racistas, afirmam defensores da igualdade racial.

"Vimos um tremendo movimento em relação à remoção de monumentos e memoriais dedicados a Robert E. Lee", disse Brooks, observando que mais santuários o homenagearam em todo o país do que qualquer outro líder confederado.

"O que isso nos diz é que o público aprendeu sobre esses chamados líderes confederados e está exigindo que eles sejam removidos do espaço público."

Toda essa mudança incluiu a remoção em setembro de uma estátua de Robert E. Lee de sua base na capital da Virgínia, Richmond, após uma batalha legal de um ano pelo monumento que foi o foco de protestos contra a injustiça racial.

Em seu relatório ("Whose Heritage?"), o centro disse que o assassinato de Floyd em 25 de maio de 2020, um homem negro morto por um policial branco em Mineápolis, provocou um acerto de contas racial e a remoção de símbolos em 159 locais em todo o país.

A remoção de símbolos confederados em 2020 e 2021 superou em muito 2019, quando apenas 21 deles foram desmantelados, segundo o relatório.

(Por Barbara Goldberg em Nova York)